terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Queime depois de ler // Burn after Reading

Mila: Olá, querido amigo! Como foi de natal?

Vitor: Fui bem querida amiga! Mas isso não vem ao caso. Vamos ao filme.

Mila: Ficha técnica!

Vitor: Queime Depois De Ler... Já falei sobre ele aqui. Roteiro e direção dos irmãos Coen, Que já fizeram, Fargo e Onde Os Fracos Nao Tem Vez. No elenco, George Clooney, Brad Pitt, Frances McDormand, John Malkovich, Tilda Swinton e Richard Jenkins. Esse lindo cartaz ao lado é uma releitura dos cartazes feitos pelo Saul Bass, que fazia todos os filmes do Hitchcock.

Mila: A história é sobre uma mulher e um homem que trabalha em uma academia de ginástica e acham um CD. Acreditando que este CD pertence a alguém da CIA ou do FBI e que contém informações confidenciais, eles tentam subornar o dono do CD.

Vitor: Na verdade o dono trabalhava na CIA. Eles supuseram que o conteúdo do CD era importante par espionagem. E resolveram tirar um lucro em cima disso.

Mila: Paralelamente, o dono do CD, que é um ex-agente da CIA, foi colocado para fora porque bebia demais e por isso resolveu escrever um livro com tudo o que sabia. Ele, além de tudo, é traído pela mulher. A partir daí, desenrola-se uma série de acontecimentos. Bem, o filme é para ser uma comédia. Eu gostei do filme, mas ainda não decidi se amei ou se apenas gostei.

Vitor: O filme é uma comedia de humor negro. Na verdade eu acho que ele foi desmembrado pelo comportamento explosivo, descontrolado dele (a traição da mulher nem é tão relevante porque ele nunca fica sabendo). O CD vai parar nas mãos do Brad e da Francis, que são completamente atrapalhados. Ela é obcecada com a idéia de fazer plásticas, e ele é um verdadeiro pateta. O George Clooney entra na história como o adultero paranóico que sente necessidade de manter casos com diversas mulheres. Na verdade isso se dá pelas suas paranóias. Ele acaba achando que esta sendo perseguido ou que elas estão tramando algo contra ele.

Mila: Pois é. Eu achei graça em algumas partes, mas em outras eu achei o filme meio parado. Mas vamos combinar que Brad de pateta ficou muito bom!

Vitor: Ele tem ótimo timing cômico. Sempre mostrou isso. Por ele ser galã as pessoas sempre o rotulam. Ele não é um Jack Nicholson, mas é bom ator, sim.

Mila: Concordo! Mas você gostou ou não do filme?

Vitor: Gostei sim. Muito mais do que anterior, que ganhou o Oscar.

Mila: Qual foi o anterior?

Vitor: Onde Os Fracos Não Têm Vez.

Mila: Vixe, esse aí ninguém merece: muito bom; até o final!

Vitor: Eu ate gostei do fim, mas achei parado demais. Monótono. O melhor filme deles pra mim continua sendo Fargo. Esse sim, excepcional. Faz o mesmo estilo de humor negro desse.

Mila: É, esse comentário eu vou ficar devendo!

Vitor: Veja esse. Muito bom. É com a Francis também. Ganhou 2 Oscar em 97. Melhor roteiro e melhor atriz. Perdeu melhor filme para o Paciente Inglês, que eu adoro também, mas muitos acham monótono e longo demais. Eu prefiro Fargo, mas adoro os dois.

Mila: Adorei o Paciente Inglês também. Muito bom! Vale à pena conferir. Já o Fargo eu vou providenciar, pois nunca assisti! Bem, acho que ficamos por aqui.

Vitor: Mais algum comentário de filme, em breve, neste blog bem perto de você!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Rede De Mentiras // Body Of Lies

Vitor: Bom, Rede de Intrigas é um filme do Riddley Scott, diretor de Hollywood muito famoso. Como eu disse no meu blog (veja aqui), eu já vi diversos filmes dele, mas só gostei mesmo de Blade Runner e Thelma e Louise.
Dessa vez ele trata de um tema que eu detesto. Conflito no Oriente Médio e ação anti-terror. Acho ambos os lados maléficos e nocivos, então não me identifico com nenhum dos lados, e não consigo engolir a tentativa de transformar algum deles em herói. Porque nenhum deles são.

Mila: Bem, eu gostei de alguns filmes, como Hannibal e Falcão Negro em Perigo, não assisti nehum dos outros (Até o Limite da Honra, "os" Aliens nem Cruzada), já O Gângster eu não gostei muito não. Para mim, ele pareceu o Meu Nome Não é Johnny só que filmado em Hollywood.

Vitor: Falcão Negro em Perigo é um lixo!Filme bélico pró-americano nojento.

Mila: É, tem muito tempo que assisti e na época eu gostava de filme de guerra independente da mensagem, acho que nem prestei muita atenção na mensagem quando assisti.

Vitor: Nunca gostei de filme de guerra. Acho que só Nascido Em Quatro De Julho e O Resgate do Soldado Ryan, mais pela história paralela, do que pela guerra. A tentativa de salvar o outro irmão pra não deixar a mãe sozinha lá na terra da liberdade. Achei bonito esse empenho. E o filme não entra no mérito de julgar quem era certo e quem era errado na guerra.


Mila: Pode ser. Também adorei o do Soldado Ryan, mas esse Nascido Em Quatro de Julho eu nunca assisti, apesar de várias pessoas terem me falado bem dele.

Vitor: O filme do Quatro de Julho tem dois lados, duas metades bem distintas.

Mila: Bem, o que acho é que quando alguém faz um filme e parece dar certo, repetem o mesmo estilo de filme dezenas de vezes. Tenha dó.
Até que esse foi bonzinho porque, no meu ponto de vista, ele critica os burocratas que ficam colocando os coitados dos soldados nas guerras de petróleo e, principalmente, porque não vi a bandeira dos Estados Unidos hasteada enquanto um "herói" salvava alguém.

Vitor: Nem tenho muito mais o que falar. Só que não gostei, como já disse e expliquei antes. Nem o elenco bom (Russel Crowe e Leonardo DiCaprio) salva o filme pra mim.

Mila: Hum, eu discordo em parte. Não gostei nem desgostei, mas gostei de ver o Leonardo DiCaprio atuando. Para mim ele atingiu o ápice dele com Os Infiltrados e nesse filme ele mostrou de novo que não é só mais um rostinho bonito. Isso vindo de quem já estava enjoada de ver ele fazendo carinha de bonzinho e de galã.

Vitor: Eu nunca achei isso. Ele sempre foi bom ator desde criança. Fez Gilbert Grape, Diário de Adolescente, mas Titanic impregnou na mente das pessoas. Mesmo depois de Titanic, ele fez muitos filmes em que ele não era galã nem mocinho como A Praia e Prenda-me Se For Capaz. A Praia é um lixo.

Mila: Exatamente. Eu amei o Diário de um Adolescente e amei a atuação dele. Mas Titanic...

Vitor: Titanic é ótimo. E ele está bem no papel proposto.

Mila: Também achei. Filmezinho sem pé nem cabeça, A Praia. Eu gostei do Titanic, mas ficou tão em evidência e repetiu tanto na televisão que enjoei um pouco. Enfim, concordamos que ele é bom ator, isso é o que importa.

Vitor: Porque Titanic é muito emotivo e longo demais. E virou pop demais, símbolo de superproduçõ, caça-níqueis. Mas o elenco é ótimo e um filme bem produzido. Diferente do Senhor dos Anéis, que também é bem produzido e tem um elenco meia-boca.

Mila: Paremos por aqui que já estamos discutindo sobre outro filme e porque eu gostei do Senhor dos Anéis. Achei a produção muito boa, do elenco não posso falar mesmo, até porque o filme não exige grandes esforços.

Vitor: Sem contar no roteiro... Titanic fala de um romance, luta de classes em meio a uma tragédia. E como o amor perdura no tempo.O outro lá fala da velha luta do bem contra o mal. Nada que Jaspion ou Power Rangers não tenham tratado antes... Tem no meu blog.

Mila: Bem, são filmes diferentes, um foi baseado em uma história real e o outro é totalmente fictício. Acho meio difícil de comparar.

Vitor: Hã? Não, não. Titanic é fictício, a tragédia foi real, o resto não. E a história do filme pode trazer diversas discussões, enquanto O Senhor dos Anéis só serve pra exercitar a libido de adolescentes jogadores de RPG.

Mila: Eu quis dizer a tragédia mesmo. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Eu já entendi que você não gostou do "Lord de Anéis". Não falo da história dele, mas falo dos efeitos especiais do filme, por exemplo, que são muito bons. O filme tem seus méritos.

Vitor: Tem sim, os cenários são lindos.

Um Beijo Roubado // My Blueberry Nights

Mila: Vitor, querido, a quanto tempo!

Vitor: Verdade, querida! Que ventos bons te trouxeram?

Mila: O de sempre, a paixão de escrever (besteira). Ficha técnica primeiro, aliás devemos tornar isso uma regra a partir de agora: ficha técnica primeiro.

Vitor: O filme é do diretor chinês Kar-Wai Wong. Ele já fez vários filmes bastante cultuados. Como eu não gosto de filmes orientais (normalmente por desavenças culturais, ideológicas),só vi um deles, para poder discutir com uma amiga minha, o Happy Together. Não gostei desse. Beijo Roubado é o primeiro filme dele com atores ocidentais e é estrelado pela cantora Norah Jones e pelo Jude Law.

Mila: E também pela Natalie Portman e Rachel Weisz.

Vitor: E o David Stratharn. Agora fale o que você achou. Já faz tanto tempo que eu vi... Até escrevi sobre ele aqui.

Mila: Eu assisti em casa. Daí comecei a assistir em um dia e terminei no outro porque meu querido namorado estava quase dormindo, aí "abortamos a operação". Mas achei legal, nada muuuuito diferente, mas um filme bom de se assistir. Só não espere maiores surpresas dele.

Vitor: O ponto de vista oriental é diferenciado. O romantismo deles é diferente. Eles dão muita importância a gestos, a forma de olhar, se mover, muitas vezes falam mais que palavras. Os orientais são bons de captar esses sinais.

Mila: Bem, eu não consegui captar isso não, só agora que você falou. Achei que fosse apenas um filme contando uma história específca da Lyzzie. Até concordo viu, é que eu ainda não entendo das diferenças entre filmes ocidentais e orientais, americanos e europeus, etc.

Vitor: E no filme, muitas das mensagens são passadas dessa maneira. Nada é muito verbalizado. Tem que se interpretar no comportamento das personagens. Todas elas expõem coisas pelos trejeitos. Quem está acostumado com os filmes orientais, acha que os atores ocidentais não foram muito bons. Não têm as mesmas expressões faciais, a mesma sensibilidade para passar a emoção que o filme propõe. Nem o público daqui está habituado para captar isso.

Mila: Obrigada pelo consolo! Enfim, eu gostei do filme, pelo menos têm algumas histórias paralelas, não é só o casalzinho o tempo inteiro. E você gostou ou não?

Vitor: Gostei sim. Achei sensível e interessante. “You say it best when you say nothing at all”.

Mila: Ow, tem um tempo que não escuto essa música, mas sempre a achei linda. E concordo plenamente com essa frase. E, Como diz o ditado, “um gesto vale mais que mil palavras”. Enfim, o enredo é o seguinte: garota sofre um desilusão quando o namorado a troca por outra. Vai a uma cafeteria, conhece o dono também "chef" e fica amiga dele.

Vitor: Pois é. E aí começam os gestos.

Mila: Ela decide sair da cidade para esquecer o antigo namorado e termina morando em milhares de cidades dos Estados Unidos e para cada lugar que ia mandava cartas para o amigo, Jeremy, contando como estava e como eram as cidades. Ele sempre respondia, mas todas voltavam pois quando chegavam ao destino, Lyzzie já havia mudado de cidade de novo. E o final todo mundo já sabe.

Vitor: Sabe não, porque o final, na verdade, é o começo.

Mila: Sim, sim, mas também não precisa esculhambar.

Vitor: E ficamos por aqui porque já falamos por demais. E vai acabar estragando pra quem não viu.