sexta-feira, 17 de julho de 2009

Milk

Vitor: E aí? O que achaste do filme?

Mila: Achei maravilhoso! Um dos que merecia o Oscar de melhor filme, no lugar de Quem Quer Ser Um Milionário.

Vitor: Eu também. Acho que esse ano muitos filmes bons foram indicados. Mas colocaram na cabeça que o "indiano" era superior. Na verdade os acordos financeiros entre as produtoras americanas e indianas em tempos de crise devem ter "ajudado" muito nessas escolhas.

Mila: Com certeza. O protagonista é Sean Penn, que por sinal está maravilhoso. Ele mereceu a estatueta de melhor ator!

Vitor: O segundo dele, por sinal. Lembrando que o filme foi dirigido pelo Gus Van Sant, que ficou famoso por filmes como Gênio Indomável, com o Matt Damon, e Garotos de Programa, com River Phoenix e Keanu Reeves. Sean Penn faz o militante Harvey Milk, primeiro político abertamente homossexual dos EUA. Ele era o "prefeito" do distrito do Castro, o bairro gay da cidade.
Além do Sean Penn, há outros famosos no elenco: James Franco, Emile Hirsch, Diego Luna e o Josh Brolin, indicado a coadjuvante. Além de melhor ator, o filme ganhou Oscar de roteiro original para Dustin Lance Black, que há algumas semanas foi mais um dos famosos a ter uma sex tape divulgada na web.

Mila: Que babado, hein! Enfim, o filme mostra a luta dos homossexuais para vencer o preconceito e ingressar no mundo da política.

Vitor: O que hoje em dia não é nada comum também, diga-se de passagem.

Mila: Pois é, eu digo que atualmente de todas as pessoas que dizem não ter preconceito, metade realmente aceita, enquanto a outra metade finge que aceita.
Eu não tenho muito o que comentar sobre o filme, pois achei maravilhoso. O filme é bem feito e a história do personagem principal é muito interessante. O filme mostra não só o preconceito, mas também a repressão que os homossexuais sofriam.

Vitor: E ainda sofrem né! A vida continua não sendo nenhum mar de rosas para qualquer minoria.

Mila: É verdade. Um exemplo disso foram os atentados sofridos por um grupo que se reuniu após a Parada Gay esse ano em São Paulo. Jogaram até bomba caseira.

Vitor: Não só isso. A repressão das pessoas, da sociedade, que diz que aceita numa boa, contanto que seja escondido nos becos. Ou seja, uma forma clara de discriminação, já que não há inserção social. Os exemplos são diversos. Poderíamos passar o dia citando.

Mila: A isso chamamos de HIPOCRISIA. E acho melhor pararmos por aqui, pois o filme, assim como a vida real, falam por se sós.