Vitor: Não. Nem sabia da polêmica. Não vi antes porque não tive oportunidade. Mas queria ver sim. Gostei. Foi até melhor do que eu esperava. (Veja crítica aqui)
Vitor: O filme é do Frank Darabond, diretor que eu gosto. É uma adaptação de um conto do Stephen King. Ele já adaptou algumas obras antes. Fez “À Espera de um Milagre” e “Um Sonho de Liberdade”. No elenco tem o Tom Jane, que fez “O Justiceiro” e a Marcia Gay Harden que ganhou Oscar por “Pollock” e fez “Sobre Meninos e Lobos”, “Na Natureza Selvagem”, etc..
Vitor: Justamente.
Vitor: Eu mesmo não. Eu via de fora e não queria por dinheiro nenhum estar ali dentro. E quando começa aparecer mosquito de Itu, é que eu não queria meeeesmo. Mas o filme é muito interessante para mostrar como as pessoas reagem à falta de ordem, à anarquia de fato. Eu vejo várias formas de se interpretar o filme.
Mila: Concordo plenamente. Algumas pessoas prestam atenção no que não é tão importante, no fato de na Terra não haver aqueles bichos e acham o filme ruim por ser “mentiroso”. Mas acontece que essas pessoas não entendem sobre o que é o filme.
Vitor: E é aí que entra a louca religiosa, que consegue ganhar fiéis dos devaneios dela através do desespero alheio.
Mila: Isso. Ponto chave da trama. E é aí que entra uma grande crítica também.
Vitor: Mas eu não gostei muito que a compararam com Fidel Castro. Pra mim ela tá mais pra direita cristã americana, tipo a imbecil da Sarah Palin.
Mila: Ué, eu não vi essa crítica. Ainda bem.
Vitor: É só uma citação rápida.
Vitor: Pra mim todas elas são um pouco disso. A igreja católica até a Idade Moderna era assim. Caça as bruxas e tal. Todas elas de uma forma são uma maneira de discriminar e vender falsas soluções para a vida das pessoas.
Vitor: A maioria já foi assim. A dela não era algo puramente intencional, porque ela vivia naquela obsessão e acabou se envolvendo numa situação onde houve quem prestasse atenção nela, devido às circunstâncias. As igrejas das esquinas fazem isso por dinheiro mesmo. É muito mais maniqueísta e calculista.
Vitor: É mais ou menos isso.
Vitor: Ele só deu uma continuidade no final do conto. Sinceramente eu não gosto exatamente de nenhum dos dois. O do conto é ameno. Mas o do filme tem mais coisas a passar.
Vitor: Não achei americano não. Não é reconfortante, nem apoteótico. Nada hollywoodiano. Muito mais parecido com filme europeu.
Vitor: Aham... Eu continuo achando o filme nada hollywoodiano. É indigesto. Pra mim irritava pelo pouco uso da inteligência das personagens.
Momentos de silêncio...
Mila: (risos e mais risos) Ainda não. Era bem fácil ele me pegar, não ia nem precisar se abaixar, me pegava aqui na janela (moro no 10º andar).
Mila: Pois é tinha que ser um que voasse ou um tiranossauro! Enfim, o filme é muito bom e desperta uma discussão muito boa, interessante e sadia.